Política educacional do estado foi alvo de críticas do Sepe na audiência da Comissão de Educação da Alerj





           O Sepe, juntamente com a UPPES e o Sindicato dos Sociólogos do Estado do Rio de Janeiro
participou da audiência pública realizada hoje (dia 12/9) na Alerj, convocada pela Comissão de
 Educação do Legislativo estadual para que o secretário de estado de Educação, Wilson Risolia,
 fizesse uma prestação de contas da gestão da sua pasta em 2011/2012. Na sua apresentação,
Risolia traçou um panorama sobre os resultados da educação estadual afirmando que, na sua
avaliação, houve avanços no setor.

          A direção do Sepe contestou a avaliação do secretário Risolia, mostrando os estudos feitos pelo
  sindicato que comprovam a saída de professores da rede diariamente (exonerações e aposentadorias
 publicadas em Diário Oficial) e a diminuição do número de matrículas de alunos no ensino médio  
durante o período 2010/2012. O Sepe reafirmou que estes dados são uma comprovação da dinâmica
 do projeto educacional do governo estadual, que implementou uma política meritocrática baseada no
 atingimento de metas a qualquer preço e, principalmente, aos baixos salário pagos pelo governador
 Cabral aos profissionais de educação.

Risolia se descontrolou e ameaçou processar diretor do Sepe por denúncia de maquiagem nos
 índices para elevação do Ideb

          O Sepe também denunciou as políticas repressivas que vem sendo impostas pelas
 Coordenadorias Metropolitanas Regionais, instigadas pela própria secretaria como uma forma
 de obrigar as escolas a trabalharem voltadas unicamente o atingimento das metas do governo e,
assim elevarem os índices educacionais. Mostrando bem a face da repressão contra qualquer  
tentativa de mobilização ou crítica da categoria contra os seus projetos, o secretário acionou uma
 assessora jurídica da SEEDUC e ameaçou processar o coordenador geral do Sindicato,
 Adriano Santos, caso ele não voltasse atrás no que havia dito em sua fala.

         A atitude do secretário provocou revolta na Alerj e foi criticada por todos os deputados membros
 da Comissão de Educação. A repercussão negativa da sua atitude fez com que Risolia recuasse
desistisse de levar adiante a sua fala. 

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