Educadores de Cabo Frio protestam na Pça. Porto Rocha exigindo salário


Dezenas de profissionais da rede municipal de educação de Cabo Frio se reuniram na tarde desta quarta-feira (08/01) na Praça Porto Rocha, num ato público com panfletagem e microfone aberto. O Sepe Lagos decidiu convocar essa ação emergencial devido à absurda postura do prefeito Adriano Moreno, que pela décima vez seguida atrasou o pagamento dos salários dos educadores descumprindo a data limite para pagamentos pela lei orgânica municipal, que determina o quinto dia útil de cada mês como prazo para o depósito dos salários dos servidores municipais.

A paciência está acabando



A categoria está indignada, com toda razão. Essa situação piora ainda mais o drama das famílias de educadores que já sofrem com um índice de perdas salariais que ultrapassa os 30% por consequência dos reajustes insuficientes impostos pela prefeitura. Sem contar o não pagamento do 13º salário de 2019, o não carregamento dos vales-transportes, dentre outras dívidas que o município tem com os trabalhadores não só em termos de remunerações, mas também das péssimas condições de trabalho e infraestrutura precária das escolas.





A prefeitura ignora a crescente carestia do custo de vida, com o aumento vertiginoso de tarifas como as de telefonia, água, energia elétrica, combustíveis, aluguéis, entre outros e trata o pagamento dos funcionários como assunto de prioridade secundária. O Governo Adriano parece acreditar que os trabalhadores da prefeitura podem facilmente sobreviver sem receber os frutos do seu trabalho, como se gozassem dos mesmos privilégios aos quais políticos da região têm acesso, seja legislando em causa própria, estabelecendo conchavos com empresários ou organizando esquemas ilícitos de enriquecimento com dinheiro público, como os tradicionais desvios de verbas.

As assembleias do sindicato organizam a luta

Na última assembleia da rede municipal de Cabo Frio, os educadores votaram uma série de iniciativas para pressionar a prefeitura. Dentre elas, foi deliberada uma denúncia à ouvidoria do Ministério Público Estadual, visitas à Secretaria Municipal de Fazenda e a marcação de uma audiência com o prefeito Adriano Moreno. Desde maio de 2019 ele não aceita receber o sindicato para negociar uma solução definitiva para essa situação caótica de atrasos nas remunerações. O resultado da intransigência de Adriano foi a resposta organizada da categoria, que deflagrou 10 greves da rede municipal de ensino entre janeiro de 2019 e janeiro de 2020. Ou seja, além de não honrar os pagamentos que deve à educação e às demais categorias que prestam serviços essenciais ao poder público, a Adriano Moreno também se nega ao diálogo com o Sepe Lagos e os demais sindicatos de trabalhadores da prefeitura, com o argumento de que “não há recursos” para quitar as dívidas com os servidores.

Sexta, dia 10 de janeiro, é dia de ocupar as ruas!

Nesta sexta-feira, dia 10 de janeiro, os profissionais da educação de Cabo Frio realizarão uma panfletagem no Largo Santo Antônio. A atividade acontecerá às 10h e sua organização também surgiu de uma proposta apresentada à categoria na última assembleia da rede municipal, realizada na última segunda-feira (06/01). Participe e chame seus companheiros de trabalho a marcarem presença. A única forma de garantir que a prefeitura cumpra a lei e pague nossos salários é com mobilização e participação ativa nas assembleias e atos da categoria.

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