O advogado Ian Eduardo de Carvalho, atual responsável pela Secretaria Municipal de Educação de Cabo Frio (Seme), em um novo episódio de burocratismo e recusa ao diálogo franco e transparente se recusou a receber uma comissão eleita em reunião de direção do Sepe Lagos e que foi composta pela coordenadora geral do sindicato Cintia Machado, o secretário de finanças Augusto Rosa e o advogado trabalhista Renato Lima. A reunião foi solicitada com cerca de 6 dias de antecedência e aconteceria por videoconferência. Esta foi a última das várias solicitações de audiência durante esse período de pandemia.
O secretário Ian de Carvalho não reconheceu a comissão composta de 2 diretores e advogado do sindicato, democraticamente estabelecida nos espaços de deliberação do Sepe Lagos. Essa atitude restritiva foi claramente uma forma que ele encontrou de omitir informações e se recusar a negociar com o sindicato sem dizer às claras que era isso o que ele decidiu fazer. O Sepe Lagos é um núcleo sindical do Sepe-RJ que abrange 4 redes de ensino, as redes municipais de Cabo Frio, Arraial do Cabo e Armação dos Búzios, mais a Rede Estadual.
Isso significa que a entidade tem uma atividade intensa, sobretudo neste período de pandemia em que os ataques contra a categoria se intensificaram como nunca. Não é razoável que, por um capricho totalmente injustificado, um secretário tente determinar ou “escolher” qual diretor sindicato ou qual trabalhador da base pode ou não participar de comissões de negociação para reuniões com o governo.
Em 43 anos de história, mesmo nos tempos da ditadura empresarial-militar, em nenhuma esfera de governo o Sepe-RJ aceitou ter comissões de negociação escolhidas pelos governos ou pelo poder judiciário com nomes vetados ou com restrições hierárquicas subjetivas, pois quem escolhe quem negocia pela categoria são os próprios trabalhadores por meio dos seus espaços de deliberação.
No ofício enviado à Seme solicitando a audiência foram encaminhados como pontos de pauta a forma como a prefeitura está implementando o chamado “ensino remoto”, questões salariais, os casos cada vez mais frequentes de assédio moral contra educadores e a situação da greve da categoria, agravada com a falta de diálogo. Em função dos últimos acontecimentos, incluiríamos também os recentes descontos salariais impostos pelo governo para perseguir e penalizar grevistas.
A direção colegiada do Sepe Lagos adianta à categoria que fará uso do fundo de greve para repor os descontos ilegais e imorais impostos pelo secretário Ian Carvalho, independente das dificuldades propositais da negociação praticados pelo secretário de educação.
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