O Sepe Lagos não “apostou” nem teve “expectativas” sobre novos mandatários da Seme de Cabo Frio

O sindicato só “aposta” na mobilização independente dos trabalhadores da educação, organizados em assembleias democráticas e com a máxima transparência e controle pela base da categoria sobre qualquer tipo de negociação com os governos.

A repórter Renata Cristiane veiculou na terça-feira (15) uma nota sobre as indefinições quanto à sucessão do comando da Secretaria Municipal de Educação (Seme), com a queda anunciada do professor — traidor da categoria — Flávio Guimarães (PT). O texto, que foi difundido nos formatos textual e audiovisual, afirma de maneira ambígua que “o Sepe Lagos, sindicato da categoria, aposta nos nomes de Márcia Tardelli e Elicéa da Silveira” para o comando da secretaria, dando a entender que o sindicato estaria “torcendo” por algum suposto sucessor do secretário exonerado.

Ontem (16), a jornalista publicou uma nova nota, desta vez noticiando a confirmação de Elicéa como nova secretária da pasta. No texto, a jornalista afirma que a nomeação de Elicéa estaria “cumprindo com a expectativa do Sindicato dos Profissionais da Educação de Cabo Frio (Sepe Lagos)”, reforçando a ideia de que o Sepe, enquanto entidade representativa dos trabalhadores da educação, teria algum tipo de preferência sobre a nova composição da Seme. 

A Direção Colegiada do Sepe Lagos esclarece à toda a categoria que a jornalista Renata Cristiane, bem como quaisquer outros repórteres de seu portal, não conversou sobre o assunto com nenhum integrante da direção do sindicato, nem com sua assessoria de imprensa. Portanto, não faz sentido a afirmação de que o Sepe, que é um sindicato independente, democrático, e que não presta apoio a nenhum partido, parlamentar ou governante, estaria “apostando” ou tendo “expectativa” por quem quer que seja.

A direção colegiada do Sepe Lagos não se manifestou sobre os rumores de que Flávio Guimarães seria exonerado justamente porque o sindicato não semeia ilusões na categoria de que uma mudança na eterna dança de cadeiras da Seme significará algo qualitativamente positivo.

A única “expectativa” que o sindicato tem quanto à mudança no comando da Seme é que isso possa pelo menos destravar as possibilidades de negociação entre o governo e a categoria. Com Flávio dentro ou fora da Seme, os trabalhadores da educação precisarão continuar lutando com total independência política para defender seus direitos e arrancar da prefeitura medidas sanitárias que garantam proteção à saúde e às vidas dos educadores frente à ofensiva pela retomada das aulas presenciais.

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