Na manhã desta terça-feira (14), dezenas de profissionais da educação da rede municipal de Cabo Frio manifestaram-se na porta da Secretaria Municipal de Fazenda para exigir o pagamento do salário de dezembro, o 13º de 2019, 1/3 de férias, vale-transporte, 35% relativo ao 13º de 2016 dos aposentados e demais dívidas que o governo municipal se nega a quitar com os servidores educação. Os trabalhadores reuniram-se pacificamente na porta da secretaria, sem impedir o trânsito local, e mesmo assim o Secretário de Fazenda Clésio Guimarães orientou os guardas municipais a bloquear o acesso ao prédio enquanto durasse a manifestação.
Na avaliação dos diretores do
Sepe Lagos, esta orientação de bloqueio do prédio foi uma tentativa frustrada do
órgão de jogar contra o movimento dos educadores a população local que precisa
resolver problemas junto à Secretaria de Fazenda, como pagamento de IPTU, por exemplo.
Além de bloquear o prédio de maneira autoritária e ilegal, Clésio também se
negou a receber representantes do Sepe Lagos.
Ocupamos as ruas novamente
Após cerca de uma hora e meia na
frente da Secretaria de Fazenda, os educadores decidiram sair em passeata pelas
ruas de Cabo Frio para denunciar a negativa do órgão em receber a categoria. Os
manifestantes marcharam até a sede da prefeitura, onde o Secretário Municipal
de Governo, o vereador Miguel Alencar (PPS-RJ), conversou com alguns membros da
comissão de negociação do Sepe Lagos.
O calote nunca acaba
Pela terceira vez apenas neste
mês, o governo municipal faz uma nova promessa de pagamento aos profissionais
da educação de Cabo Frio que não será cumprida. A prefeitura havia prometido
inicialmente pagar aos profissionais até o 5º dia útil desse mês, depois afirmou
que pagaria alguns setores da categoria a partir do dia 15 de janeiro
(quarta-feira), de maneira escalonada.
Hoje, de acordo o informe
repassado pela professora Denise Teixeira ao final do ato, na porta da
prefeitura, o secretário municipal de governo, Alencar, já inseriu uma nova
mudança no discurso da prefeitura. Agora, afirma-se que só há expectativa de
começar a pagar parte dos profissionais efetivos da educação a partir do dia 17
de janeiro (sexta-feira), enquanto os contratados só receberiam a partir do dia
25 de janeiro. Já o 13º de 2019, segundo o informe da comissão de negociação,
só seria pago após o dia 10 de fevereiro.
É preciso manter a luta
Uma recente vitória judicial do
departamento jurídico do Sepe Lagos (ver aqui) garantirá o pagamento do 13º
salário de 2019 aos aposentados, pensionistas e trabalhadores em licença médica.
Mas para que a categoria arranque da prefeitura todos os direitos que estão
sendo negados pela prefeitura, é preciso manter a mobilização com força total.
Amanhã, conforme foi deliberado
em assembleia, a comissão de mobilização do Sepe Lagos se reunirá para definir os
próximos passos na luta pelo pagamento imediato dos salários e direitos da
categoria. Fique alerta e acompanhe pelos canais oficiais de comunicação do
Sepe Lagos as próximas convocatórias para ações unitárias dos trabalhadores da
educação municipal.
1 Comentários
É humilhante o que os profissionais da Educação, estão passando. Desrespeitosamente, somos tratados pedintes, malandros e baderneiros! Onde está a justiça que não garante os direitos de trabalhadores que apenas lutam pra terem seus direitos garantidos?
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