Adriano Moreno, o prefeito caloteiro, se esforçou ontem para desmobilizar o ato da educação. Pela manhã a prefeitura publicou nota com uma foto divulgando uma suposta reunião entre o prefeito, o secretário de Fazenda, Clésio Guimarães (que já divulgou outras datas frustradas de pagamento) e alguns diretores do Sepe onde prometeu que pagaria hoje (dia 17) um pequeno grupo de efetivos que recebem por meio do Fundeb, na esperança de que isso acalmasse a categoria e prejudicasse a convocação das manifestações de ontem. Mas o tiro saiu pela culatra!
Uma grande manifestação de força
A partir das 17h desta quinta-feira (16), cerca de 400 pessoas se concentraram no Largo Santo Antônio, no centro da cidade, e ocuparam as ruas numa grande demonstração de força e união da categoria. De lá, marcharam rumo à Praça Porto Rocha. Próximo à praça a manifestação bloqueou por vários minutos a Avenida Teixeira e Souza. E mesmo com o trânsito parado num horário de pico dos transportes, mais uma vez a população demonstrou com aplausos, assovios, buzinaços e palavras de ordem que apoia a greve dos trabalhadores da educação e está revoltada com a descaso do governo Adriano. E essa revolta não é apenas quanto ao caos na educação pública municipal, mas também ao colapso da saúde, às ruas esburacadas por toda cidade, ao abandono das praças e demais serviços públicos, sobretudo nos bairros periféricos.
Da Praça Porto Rocha a manifestação seguiu para a Ponte Feliciano Sodré, que foi completamente bloqueada pelos trabalhadores da educação. Lá, os manifestantes cantaram palavras de ordem e marchinhas denunciando o drama vivido pela categoria: “Pisa ligeiro! Pisa ligeiro! Não paga o meu salário, Adriano caloteiro!”, “O Adriano vai ganhar / Uma passagem pra sair deste lugar / Não é de carro, nem metrô, nem avião / É algemado, num camburão / Ô prefeito ladrão!”, “O povo unido, é povo forte / Não teme a luta, não teme a morte”.
Com muita disposição, a categoria manteve a ponte bloqueada por quase uma hora, evidenciando para toda a cidade que a situação dos trabalhadores da educação é inaceitável e precisa imediatamente de uma solução definitiva. O prefeito precisa explicar para população da cidade onde estão os 40 milhões que foram desviados da educação e por qual motivo mantém essa política de fome contra os trabalhadores das escolas municipais.
A enganação não cola mais
Cabo Frio está cansada de enganação e os servidores da educação estão calejados. Sabem muito bem que não é possível confiar no que diz esse governo inimigo da educação pública. Estão também cansados do discurso vitimista da prefeitura, que promete, promete, promete e mantém a maioria da categoria sofrendo numa situação de verdadeira miséria, implorando para receber um salário defasado e que deveria ter sido pago dentro do prazo legal determinado pela lei orgânica do município. Mas Adriano continua agindo como se esses pagamentos não fossem um direito fundamental, como se não fossem fruto do trabalho árduo e desenvolvido em péssimas condições pelos professores e funcionários que dedicam a vida ao bom funcionamento das escolas da cidade. E no meio desse turbilhão a Secretária de Educação Márcia Almeida fica completamente omissa, não cumprindo o seu papel na execução das folhas de pagamento da categoria com autonomia, conforme determinou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro em 2018.
Só com a luta vamos arrancar os pagamentos de todos os servidores
Para romper esse descaso a categoria da educação precisa se manter cada vez mais unida e mais disposta a lutar. Precisamos manter a pressão sobre o prefeito com nossos atos públicos. Precisamos também pressionar e denunciar os vereadores desta câmara municipal que se mantém em silêncio enquanto a maioria da população sofre com o caos dos serviços públicos. Para dar fim à essa situação é necessário convencer cada vez mais trabalhadores a estarem presentes nas mobilizações e nas assembleias da categoria. E tudo isso só será possível se você, servidora ou servidor, for parte ativa desta luta junto com o Sepe Lagos.
A presença nas assembleias é tão importante quanto nos atos
Agora precisamos manter a mobilização e garantir a presença de máximo de trabalhadores possível na próxima assembleia da rede municipal de Cabo Frio que será realizada no dia 20 de janeiro. É preciso estar presente, pois será olhando olho no olho que vamos decidir os rumos do nosso movimento e organizar as próximas ações da categoria para forçar o prefeito Adriano e seus secretários cúmplices a cumprirem a lei e pagarem todos os servidores da educação. E não se esqueça: não caia em fake news, acompanhe a luta por meio dos nossos canais oficiais de comunicação.
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