O mesmo levantamento indica que os brasileiros também são a favor da restrição para a abertura de comércios e estabelecimentos como bares, academias, salões de beleza, entre outros segmentos que seguem em funcionamento.
Países europeus, que abriram as escolas após o período mais crítico da pandemia, estão revendo protocolos e fechando novamente, após a explosão de contágios. É o caso da Alemanha, que anunciou que fechará as escolas até janeiro.
Negacionismo e ataques aos trabalhadores da educação
Indo da contramão dessa realidade, os governos seguem a linha do negacionismo, colocando a defesa dos lucros à frente da preservação das vidas, uma postura irresponsável diante do crescimento da doença em todo país. O Brasil voltou a alcançar a marca de mais de 1 mil mortes diárias, de acordo com levantamento feito pelas secretarias estaduais de saúde, número que não era visto desde setembro.
Mesmo com o Governo Federal dificultando a cada dia mais a aquisição de vacinas e a implementação de um plano nacional de emergência para vacinar a população, há quem coloque a culpa nos educadores pela opinião pública contra o retorno às aulas. O jornalista Augusto Nunes, ferrenho defensor da agenda política de Bolsonaro e apresentador da rádio Jovem Pan, em vídeo que circulou em dezembro nas redes sociais, fez declarações absurdas contra os trabalhadores da educação e que merecerem ser repudiadas.
“Eles estão infectados por uma estranha forma de exaustão, que é provocada pelo excesso de vagabundagem”, disse durante o programa da Jovem Pan, culpabilizando esses trabalhadores e finalizando com uma fala de que a responsabilidade pela não aprendizagem dos alunos não é da política ineficaz de aulas remotas ou EaD (ensino à distância), que ignoram as condições socioeconômicas dos alunos da rede pública e a brutal exclusão digital que existe no país, mas sim desses trabalhadores. “Coisa de vadio”, esbravejou.
Essa declaração revoltante é de total desrespeito com os trabalhadores da educação sejam das redes de ensino estaduais e municipais ou das instituições públicas de ensino técnico e superior. Expressam a visão de quem, a serviço de defender os interesses dos grande empresários e de seus governos, atacam os profissionais que carregam nas costas um sistema público de ensino cada dia mais precário devido ao descaso e à política econômica privatizante dos governos.
Com informações do portal da CSP-Conlutas.
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