Nota de repúdio à prefeita de Araruama Lívia de Chiquinho


Os profissionais da educação de Cabo Frio receberam com revolta na última assembleia da categoria informações a respeito da lamentável volta às aulas na rede municipal de Araruama, iniciada em 8 de fevereiro. Revolta, não apenas pelos riscos de morte a que o governo local expõe alunos, profissionais e responsáveis, mas também pela forma autoritária e apressada com que foi imposta uma decisão tão importante, que deveria envolver cautela e amplo debate.

A prefeita Lívia de Chiquinho (Progressistas) conseguiu ir além: divulgou nas redes o decreto com o “protocolo sanitário” a ser adotado pelas escolas antes do documento ser apreciado pelo Conselho Municipal de Educação (CME) que havia feito solicitações fundamentais como a de que uma esquipe técnica da saúde de entidade reconhecida assinasse junto o documento que, em sua versão preliminar, contava apenas com a assinatura da secretária de saúde, que é assistente da prefeita, mas não profissional técnica. Em meio a uma reunião extraordinária realizada no dia 1º de fevereiro, chamada com 48 horas de antecedência apenas, numa sexta-feira (29/01), e da qual participaram apenas 3 dos 8 possíveis representantes da sociedade civil, o frágil protocolo de retorno foi aprovado também de forma frágil do ponto de vista dos princípios da moralidade e da transparência da administração pública.

Não bastando os já suficientes motivos que tornam a abertura da escola no atual estágio da pandemia, estado estrutural das unidades escolares e pouco avanço da política de vacinação, um enorme erro político; a prefeita Lívia de Chiquinho, que em outro momento já foi chamada de “da Educação”, coloca em risco a vida humana. Cerca de 3 mil crianças e adolescentes morreram vítimas da Covid-19 (levando-se em conta os casos comprovados e altamente prováveis) de acordo com o boletim epidemiológico n° 44 do Ministério da Saúde. E a situação se agravará ainda mais com as variações do vírus que já circulam pelo estado do Rio de Janeiro.

Não cabe à prefeita e à secretária de educação, depois, um demagógico pedido perdão aos familiares ou mostrar cínica sensibilidade. A Prefeita será eternamente conhecida como “Lívia da lamentação”. E seu bordão será: “Araruama, mortes potencializadas!”.

Por tudo isso, o Sepe Lagos declara repúdio à prefeita Lívia de Chiquinho e seus operadores gerencias.

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1 Comentários

  1. Mas uma vez vou falar, a 15 dias atrás foi confirmado que uma funcionária da escola Bilingue, no centro de Araruama estava com Covid-19, ela foi encaminhada pro UPA e lá deram um atestado de 14 dias. Mas a escola não avisou nada no seeduc. E as aulas começam normalmente com os alunos e funcionários...... Ninguém fala nada

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